A LUA FOI NOSSA
Às vezes me pego a lembrar.
Dos meus tempos de criança.
Deitado no gramado ao luar.
Contando as estrelas no céu.
Cheio de amor e esperança.
Que conquistaria um troféu:
A menina mais linda da sala.
Que era meu amor platônico.
Pois, ela nem falava comigo.
Eu era tão pobre e humilde.
Sua presença era o tônico.
Pra dor que no peito ardia.
Pelo amor da bela Matilde.
Que por esse nome atendia.
Naqueles tempos, no Colégio.
Ricos e pobres estudavam.
Outras escolas não havia.
Assim tinha esse privilégio.
Professores me elogiavam.
Por causa das notas boas.
Nessas horas ela me olhava.
Mas, o tempo foi passando.
E todas aquelas pessoas.
Aos poucos foram embora.
Restou somente a lembrança.
Da lua, estrelas e gramados.
Até mesmo porque agora.
É nossa ciência que arrasa.
A lua não é mais dos namorados.
Mas, dos astronautas da Nasa.