Tempo de lembranças

Sou do tempo da benção aos pais

Sempre que chegar ou sair

Mas hoje isso não se usa mais

A educação deixou de existir

O tempo do namoro mais lento

Primeiro se pegava na mão

A mão boba era um veneno

Mulher não deixava não

Tempo brincar nas ruas

Taco, pega pega e queimada

De bolinha de gude e pião

Alegrava a meninada

Tempo bom de soltar pipa

Comendo a fruta no pé

Bolo de fubá coisa rica!

Eu tomava com café

Tempo de estar nas calçadas

Contando contos e causos

Se divertindo com a criançada

Ninguém ficava estressado

Tempo de festas em casa

Bolo que a velha mãe fazia

Pão com carne moída

Suco de saquinho é o que tinha

Tempo de descer ladeira

Com o veloz carrinho de rolimã

Usava qualquer madeira

Levava de carona minha a irmã

Tempo bom que já passou

A cidade cresceu tanto

Toda essa tradição acabou

E eu relembro chorando

Já se foram meus velhos amigos

Ou mudaram de cidade

Queria tanto revê-los comigo

Eita que tempo de saudade!

Um poeta e só
Enviado por Um poeta e só em 30/08/2023
Código do texto: T7874118
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