Epitáfio
Epitáfio
Chove gotas da tua alma
Despreocupadas as janelas
Do teu ser...
Precipitadas sobre a saudade
Daquilo que nem se pode ver
Apenas sentir...
Em cada fragmentos de ti
Eu hábito em saudades
Nas lacunas que teus olhos
Crer em me ver...
Falta matiz nos teus dias
E apenas lágrimas ao anoitecer
Sou saudade de tua alma
Serei tuas lágrimas...
Sereis o vazio das palavras
Que jamais a ti pude dizer
Me faz tão vivo agora
Longe dos teus olhos
Com tuas lágrimas
Que te abandonam por mim
Me faz lembranças de tudo
Que um dia vivi em ti
Hoje sou teu amor
Amanhã serei tua saudade
Quiça um dia talvez
Teu coração em silêncio
Me abandone como tuas lágrimas
Que secam ao vento do esquecimento
E no silêncio das palavras
Que gritamos pra nossas almas
Esteja meu nome...
Meu amor, que saudade!
Eu morro em teus últimos pensamentos a noite,
Mais moro em tuas crises de ausência por pensar em mim pela eternidade
Aqui jas nem estou, mas segura-me no ar dos teus pulmões o meu último fôlego de vida...
Pois nas lágrimas chorosas que estou até nelas a saudade marcou.
Agora amor sou só saudade.
Ricardo do Lago Matos