Flor-de-viúva
Saudades de ti eu tenho
E tenho mesmo
E não me envergonha a explanação
Embora reconheça
Tua anômala desumanidade
Feiticeiro
Deixastes o rastro de destruição
Ao acúmulo de sacrifícios
Adoentados, fraturados e desnorteados
Em perspectiva corrompida
Saudades da vibração eu conservo
Das ondas de teu ressoante brado
Que ainda me encaracolam as vértebras
À ponta da cuca
Desembestando-me o cerne
E que o grilo salte longe
E meu sonho se desvaneça
E tal miragem utópica sucumba
Curvando-se a materialidade
Um dia