NA BARRA DA SAIA DA MÃE DA GENTE

Na barra da saia da mãe da gente

Não sou um grande artista

Sou,um poeta simplismente

Meu verso é saudade realista

É lembrança que vem na mente A,Maria Auxiliadora de Andrade

Me pediu,e eu tive a felicidade

De reviver o que agora é ausente

Quando eu,criança andava

E com muita força segurava

Na barra da saia da mãe da gente

Seu pedido me trouxe o passado

De um tempo que está ausente

Despertou o que estava hibernado,

Lá no baú do meu subconsciente

Eu pequeno, malino e curioso

Dentro de casa eu era artiloso

Mas,ao sair de casa,era diferente

Eu tinha medo do mundo lá fora

E me segurarava a toda hora

Na barra da saia da mãe da gente

Lembrando esse tempo de outrora

A saudade é uma grande vertente

Eu tinha medo,de alma e caipora

Mas com a mamãe era diferente

Perto dela eu revirava o munturo

Não tinha medo nem de escuro

Ficava afoito,seguro e até valente

Pisava firme e andava sem temor

Pois eu sentia, proteção e amor

Na barra da saia da mãe da gente

A gente vai crescendo e sonhando

Em ser adulto,forte e independente

Mas,quando o tempo vai passando

A realidade do sonho é diferente

Longe dos pais,e sozinho na vida

Seguindo a estrada desconhecida

E sem saber o que vem pela frente

O filho ora,e pede ao pai onipotente

Pois ele só queria estar novamente

Na barra da saia da mãe da gente

O relógio do tempo gira depressa

De repente,muito tempo já passou

Em pensamento,o filho regressa

Lembrando do passado que ficou

A criança,agora já bem crescida

E com tantas desilusões na vida

Diz:eu quero ser criança novamente

Mas não adianta ao passado voltar

Pois não vai poder mais segurar

Na barra da saia da mãe da gente.

Ildebrando Rodrigues de Barros primo

Crato ceará

Julho de 2023

POETA ILDEBRANDO PRIMO
Enviado por POETA ILDEBRANDO PRIMO em 12/07/2023
Código do texto: T7835064
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