Todos os dias
Papéis sob a mesa branca,
caneta azul à esquerda,
mãos trêmulas nas letras,
recordam-se histórias
de um inverno passado.
Lembranças das prosas poéticas
ditas no bater do meio-dia.
O sol impera as almas,
as risadas são sopros
no coração.
Eram laços que faziam
um cordão.
Gotas fazem o espelho
daquelas brincadeiras.
Escrevem-se cartas
com endereços certos.
Recordam-se de todos
os dias de sorrir.