AH, SOUBERA EU
Foi há tempos, vínhamos
os dois pelo mesmo
caminho. Você, mulher,
numa saia rodada,
eu, num terno azul.
E andávamos meio
distraídos, quando nos
vimos ligados pela
mesma atenção.
Hoje, eu aqui me
lamento de uma
imensa saudade
de ti. Ficamos de
repente atentos
a um estranho
sentir a mesma
coisa: amor. E o que
resta no meu pobre
coração é saudade.
Me pego a me indagar
se tu sentes também
esta saudade, porque
hoje eu pouco sei
de ti. Ah, soubera
eu por onde andas.