Dulçor
Sentada na cadeira da ponta
De esquina, do bar da esquina
Outro lugar, outros lugares de costume
Nunca foi obsoleto para nós
Nunca será passado
A mesma companhia
No fundo te esperava
A amiga da verdade: gole; gole
Com a cerveja na boca e no coração
A mão segura de si
Me acalmava
Te procurava
Sorrateiramente
Você apareceu
Como sempre, és o próprio Éden
Branco como a neve
Cabelo bonito é eufemismo
Mesmo sorriso
Sua motivação me tirava a paz
Mesma solidão
Nossa solidão
Entre algumas palavras de perdão
Na boca vermelha natural
Carregando o cigarro costumeiro
Entre bitucas e sorrisos tristes
Me olhava com carinho
Com o mesmo de sempre
Passado e do futuro certos
Foi embora
Levando sua esperança
O choro no sorriso
Não te preocupas
Estarei sempre alí, aqui
Quiçá, logo mais
O F-U-T-U-R-O, no
Que saberás
Nunca serás um passado
Um dia apreciaremos
Mataremos a rotina desgraçada desse "presente" insolente
Ficamos por agora
No enredo: a saudade
A mataremos
Sempre nós, em nós, nossos nós