ONDE ESTÁS?
É desde você,
Que eu, o à mistura,
Misturo-me palavras,
De beijos que
Sobem, descem,
Eles, elas... Vendo-os
Ao tic tac dum relógio
Ilógico a bater,
E batem-me
O coração à boca,
Lábios, este não confessar
Tão à espreita, à
Espera, a esperar,
Contidos sentidos
Fazerem-se peito afora.
Pedintes, pedintes pedem,
Querem-se palavras,
Justo as que não tenho…
Tento, juro que tento
E não as tendo,
Faço, o que faço
À órbita de lábios,
Elas, palavras, manuseio
Ao poema, o do, onde estás?