AQUELA SENHORA
Quando de longe eu via aquela senhora
Em sua velha cama sentada ofegante
Lutando de corpo, alma e pulmões
Para respirar apenas um pouco de ar
Meu olho se enchia, de lagrimas
E eu um pobre menino impotente
E que nada podia fazer por ela
Aquela pobre senhora era minha mãe
Uma pessoa amada, amiga e querida
De quem me orgulho eternamente
Pois, mesmo no limite de sua pobreza
Nunca nos deixou falta amor e carinho
E embora genitora de uma grande família
Hoje depois de tantos anos passados
Inclusive de sua triste partida
Ainda me lembro como se fosse ontem
Seus sorrisos, suas lágrimas, seu carinho
Coisas que embora já faz tanto tempo
Mas nem o tempo pôde apagar em mim.