PARA QUE SAIBAS!
Quando como agora nada me dá prazer
Quando acho tudo chato e sem nexo
Minha mente foge longe até você
Então minha alma sente teu amplexo
Fecho os olhos e deixo a mente viajar
Na memória estão as marcas de tigresa
O cheiro de fêmea se espalha pelo ar
Eu antes caçador agora sua presa
Preso na lembranças dos gemidos
Dos espasmos violentos sob a luz da lua
Refém do mel e do leite vertidos
Da canção de amor que se ouvia da rua
Teu corpo branco escorrendo em bagas
Feromônios de um prazer surreal
Amazonas cavalgando na portentosa adaga
Febre insana num transe total
Tua alma eu sugava por entre as coxas lassas
Bebendo-te dos extremos ao mais profundo
Teu corpo ardendo em escaldantes brasas
Em espasmos viajava pelos confins do mundo
Aqui absorto nessas lembranças belas
Revivo um tempo que deixou saudades
Meu olhar divaga além das janelas
Buscando nas estrelas tua claridade!