romanidades paraenses

Aqui se escuta a sinfonia

Da romana primavera

Pássaros cantam alegrias

Cores explodem nas roseiras

Perfumes e abelhas. Pólens...

Luz solar nas cabeceiras

Aqui é tudo belo e silêncio

Sítio afastado da cidade:"paese"

Esplendida biblioteca, convênio

E convívio com, do saber, as reses

Roma no seu centro, história e arte

Nos templos, nas fontes, nas praças...

Subsolo arqueológico e "estate"

Aproximando-se com as suas graças

Andorinhas e turistas. Chapéus...

Luz solar nas cabeças

Cheiro de molhos, pastas, pizzas

Vinhos, queijos, salames, "aperol"

Restaurantes da via Cavour, "birra"

As vinte horas, longo dia, o pôr-do-sol

Mas estar longe da nossa terra-língua-povo

Traz a saudade. Processo necessário...

É preciso estar longe e perceber melhor

Na síntese que se faz no interno santuário

Sentimentos da identidade. Açaí...

Igarapés, círios, mangueiras

Carimbós, Nilson, Lia Sophia, Lucinha...

Manga com farinha, Docas, Ver-o-pêso

Pavulagem, cerâmica marajoara, Nazinha

Cachaça de jambú, romances do Larêdo

Àquela gente pai d'égua do Grão-Pará

Na vitalidade mais fontal da sua cultura

Marujada, retumbão, Marajó, guitarrada...

Às minhas raízes, Capanema, minha família...

Às cheirosas minhas musas... Morenas...

Que adultas resolutas já são. Tempo. Tempo...