JOVEM NA PRAÇA

Eu gostava demais da minha Praça

onde "os bancos ficavam esperando

as pessoas" que vinham caminhando:

uma triste e a outra, achando graça.

Era um canto que não tinha arruaça.

Foi no tempo da foto em branco e preto.

Com um cheiro de assado e de fumaça,

eu comia carninha no espeto.

Eu tirava retrato no coreto.

Contemplava as mocinhas que sorriam,

mas, de perto, fingiam que não viam

minha pose de jovem com elegância

(artifício que eu tinha desde a infância

como artistas que bem assim faziam).

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Versos acima: 14 decassílabos ritmados.