- Tristeza!
Ó tristeza, vilão da alma humana,
Que deitais sombras nas mentes sãs,
Com vossa mão fria e soberana,
Dominando os corações mais tenros e vãos.
Ah, como sois cruel e desumana,
Arrancando as lágrimas dos olhos bons,
E deixando na alma a dor profana,
Que corrói como chagas nos pulmões.
Por vós, cantam os poetas com dor,
E por vós, choram os corações mais nobres,
Mas quem de vós escapa, ó vil traidora?
Nenhum homem, por mais forte que seja,
Consegue fugir dos vossos roubos,
E por vós, a vida fica mais alheia.
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