Flor da noite
A minha saudade é flor
Num canteiro ao luar,
Ornada de fios de prata
E distante do teu olhar
Sob as passadas manhãs
E os reflexos nas sombras,
De um azul oposto ao dia,
Qual noturno de Chopin.
É a minha eterna guarida,
A ironia do meu desgosto
E do meu torpor renascido.
As suas frias, tão frias pétalas
Apartam-me do teu belo rosto,
Rastro no meu coração partido!