Carta de amor
Quando à noite escrevo a ti,
Retorno à fonte da saudade,
Colho os miosótis do pranto
Sobre a folha perfumada.
A pena desliza levemente
Sobre a carta em pétalas,
Do tinteiro goteja a tinta
Leve, celeste e quente.
São tantas letras e palavras
Que como uma oração
Digo a Deus o teu nome,
São tantas linhas e parágrafos
Que entre o choro e o riso
Abraças-me em sonho.