Um poema para cada dia
Posso mudar o poema, pisar macio,
Dentro desse coração em ruínas;
Chamar você ao fechar da cortina,
Ocupar esse espaço que anda vazio.
Mudar os versos, verbos, os pontos,
Interrogar palavras, te deixar tonto;
Rodando feito um velho carrossel,
Que o tempo descorou o tom do céu.
Ou posso colorir as letras, as linhas,
Dormir os sonhos e acordar sozinha;
E ainda sorrir desde a manhãzinha,
Tomar um café, ler poesia na cozinha.