MORTE DE POETA

________ MORTE DE POETA__________

Quando a tarde, vaidosa, se pintar de rubro;

E eu, mesmo cedo, dormir e sonhar

Entrará o frio, sob o manto em que me cubro,

Enquanto o calor espalha-se pelo ar...

E tu, com amor, chegarás de mansinho,

Aplicarás em mim, teu beijo gelado.

Feliz me entregarei, qual filhote no ninho

Quando regressa a mãe – para seu lado...

Eis que chorarão os amigos e vizinhos...

Também aquele que me censura e veta...

lastimarão os que se julgam sozinhos:

-Estou mais só...- por que morreu um poeta!

Imaculada Catarina

KYRIADALUA
Enviado por KYRIADALUA em 13/12/2007
Código do texto: T775901
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