De degrau em degrau
Um degrau abaixo, coração disparado, um som, uma luz do passado. E mais um degrau descia, um mistério encantado. A cada passo, aquela luz aquele som enfraquecia. Deslumbrado nesse sonho continua, e mais um degrau, mais outro. Descia. Assim continuava, como a querer desmistificar, pois a saudade, o amor lhe consumia. Mais um degrau e mais outro e outros. Assim a luz se apagara, e o som silenciava por completo. Nem os degraus mais existiam, somente um breu, um abismo. Um extremo medo uma dor nunca sentida, o corpo tremia. E de arrasto, totalmente esgotado de degrau em degrau, um pavor tomo lhe conta, instintivamente, se volta a subir, então um milagre, a luz o som começara novamente a ouvir, e a sentir a realidade que o passado nunca mais voltaria...
Cláudio Domingos Borges