SAUDADE DE LISBOA
Ando pela rua e vejo
verdes folhas a subir.
Não há rio como o Tejo
com as gaivotas a surgir.
E passo o tempo assim:
entre as folhas e a caneta.
Ora com as folhas de papel,
ora com as folhas deste planeta.
Posso até dizer a ti que me lês:
Sou muito mais o que escrevo
do que o que aqui agora vês.
Minha poesia é bem natural.
Sinto e redijo, sem seguir o racional.
Natural é tudo o que há.
Escrever não guarda rituais.
Como respirar, é o que traz paz.
É como sentir o vento no ar.
Vou daqui para ali e ainda chego a tempo
de reencontrar um bando de gaivotas.
Sem saber se acabam vivas ou mortas,
voam, riscando o céu de Lisboa e o vento.
Voam, param, comem... Até que de novo voam.
E o que deixam, cá dentro do meu peito,
é uma sentida, imensa saudade de Lisboa...
Neste ser que apenas de sentimentos é feito!
Revisora textual, Consultora literária, Membro da Academia Virtual de Poetas da Língua Portuguesa (AVPLP) - Acadêmica Titular do Brasil e de Portugal; Membro efetivo da U.A.V.I (União de Autores Virtuais Independentes); Acadêmica Imortal da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL) e Imortal Fundadora da Confraria Internacional de Literatura e Artes (CILA)