PARA A SAUDADE MORRI

 

Hoje sentei-me no tempo perto da cachoeira
Pensando como nos perdemos
Nos espelhos da contradição
No espanto das luzes de um olhar
Só sou pensamento quando estou a imaginar
Levei anos e dores para a  ti chegar
Vi todas as gerações do vento dançar.


Ergui-me das sombras 
Cheguei ao jardim dos regressos
Bastou um olhar para te encontrar
E ouvi pássaros a cantar sobre as águas a voar
Vi rosas silvestres perfumadas como mulheres formosas
Ouvi um lamento vir de lugar distante
Num fio de vento uma voz errante.


E logo que te senti
Para a saudade morri
Bebi contigo minhas lembranças
Desenhei no céu uma quimera
Fui protagonista de uma história de encantar
Tudo isto passou-me pela alma
Ao tocar as perolas brilhantes do teu Olhar...