REENCONTROS
Procuro na casa reformada
A outra casa,
Onde se tinha outros moveis,
E se ouvia outras vozes
Que o tempo silenciou.
Já não há mais o jardim,
Nem o gato “Jasmim”
Não se vê mais o “velho” Francisco
Nem sua “Ana” sem fim.
As vezes as lembranças são como vozes,
Que se negam calar...
Ou as imagens que surgem da escuridão
E insistem voltar,
Pra onde já não há...
O som do cavaquinho...
Os “santos” do vizinho...
Nem as brincadeiras ao luar...
Quem sabe um dia reencontro,
Numa tela pintada de branco
O tempo que se foi, pra nunca mais, Voltar.