VERBO

 

♦—♦

 

Teus verbos hoje

Estão todos no passado.

Pegadas se apagam,

Mas existe tua voz

Em cada canto,

E quando eu passo,

As cortinas dançam,

Me enlaçam

Imitando o teu abraço.

 

À noite,

Te ouço na conversa dos grilos,

E te reecontro

No brilho fosco da lua

 Dissolvido na névoa

Que cobre as montanhas,

E ao abrir dos meus olhos

No sonâmbulo silêncio

Da madrugada,

Eu olho o travesseiro,

E não entendo

Como podes ainda ser tanto,

Já não sendo.

 

 

≈— ♦ —≈

De 

 

Jacó Filho

 

AMOR ETERNO

 

Vendo na memória de tempos idos,

Em minha mente continuas presente,

Como se jamais houvesse partido,

Para viver comigo, eternamente...

E sempre que quero vê-la,

Basta olhar pras estrelas,

Que teu amor refletido,

Declama versos inclusive,

Vendo na memória de tempos idos,

Em meus pensamentos ainda vives...

 

(Redonde dualmétric)

 

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Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 18/02/2023
Reeditado em 22/02/2023
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