DE TANTO AMOR
Descompassada aorta,
Eu ascendendo a dor, perdendo a rota.
Me envolvendo com a loucura,
Eu em meio às figuras,
Produzidas pelas luzes acesas,
Eu estranho na correnteza,
Da notívaga ventania,
Eu entre a estranheza e a nostalgia.
Dizendo quase em pranto,
Se pelo menos eu não te amasse tanto.
Mas, de tanto amor, me inflamo,
Me perco ainda mais, te chamo!
Declamo um poema em delírio,
Transformo a saudade em martírio.
...Eu distante do amanhecer,
Tentando em vão compreender.
Os (des)encontros da caminhada,
Ontem, sonhos de veludo, tudo; hoje, nada.
Hoje, alguém que não te esquece,
Uma triste figura que o noturno tece...