Cor de heliotrópio
Sob o dossel da noite
São as memórias que te penetram,
Rudemente te despem,
Então te ausentas por dentro.
Sentes mordido o coração
Que de assalto treme.
Teu amor é excessivamente inábil
E sentes a lâmina do tempo.
E sob a diáfana fazenda
Vais devolvendo-te ao dia
Enquanto o orvalho, pranto da noite,
Encontra na cor de heliotrópio, o instante.