E agora José?
Na imensidão de nossos mares.
Velejam uma lembrança e uma saudade.
Mesmo, que eu tente enxergar.
A partida de tua vida.
E a minha entristecida.
Tu me guiaste, quando criança.
Agora procuro eu, teus caminhos.
Trilho descalço as pegadas.
Cercada de flores, o teu destino.
Estimulado por tua energia.
Tua ausência me fez crescer.
De tantos risos e múltiplas alegrias.
Do teu sorriso, a me conceder.
E o meu barco no horizonte avança.
Procurando encontrar-te e dizer-te.
Que a dor no meu peito invade.
Sufocando a razão de viver.
Essa dor, descrita em meus braços.
Tentam palavras para exprimir.
As angústias das noites e dias.
Recordações de teus lábios a ouvir.
Pai! Tu és um símbolo maior.
Um ídolo de tua família.
Mesmo indo ao encontro do céu.
Que tua paz, me transmita alegria.
E agora José? Pergunto eu?
E agora.
Partiste sem dizer nada.
Como nada disseste ao nascer.
Aos braços de Deus, é normal.
Para mim, és imortal.