SÍNDROME DE ESTOCOLMO
ITAPEVA/MG - 18.12.2022 - 15:37:30
SÍNDROME DE ESTOCOLMO
Doze anos idos, lembranças intensas:
Era um sábado intenso repleto, só nosso...
Com magia uma e muitas esperanças
De um duplo recomeço... Tudo foi lindo...
Uma aventura a dois, o primeiro beijo roubado
Em meio à desnecessária confissão...
Em uma manhã nublada, contudo tão linda
Que prometia o início de um amor tão doce...
Depois que todas as luzes já se apagaram
E as vívidas luzes circo me deixaram
Com quem ainda posso contar de fato?
Você vai estar por perto? Creio que não. Eu sei!
Aquele palco agora já está escuro e vazio
... Minha última canção foi cantada...
Sem que você lá estivesse para me ouvir
E em outras bocas afoguei as mágoas...
Chorando por dentro ao lembrar de suas juras
Proferindo palavras tais como "- Sou tua!"
Enquanto eu curava suas feridas físicas
E, indubitavelmente, as de sua alma traída...
Em meio às juras de amor e sua companhia
Que eram tudo o que mais precisava à época
Estávamos apaixonados? O que vivemos?
Ao sempre mexeu comigo: foi tão bom e meu!
... Não importa o quanto os anos passem
Faria tudo de novo. Ferrar-me-ia mais uma vez
Não sei se de ti obtive alguma vez o amor
Mas, por momentos, fui o seu escolhido...
Por vezes o seu homem... Outras, seu capacho:
Enfim, foi meu remédio e meu veneno...
O sonho mais gostoso e a realidade mais cruel
Um misto de sentimentos borbulhantes, fatais
Que se tornaram uma saudade sem vergonha
A síndrome de Estocolmo em doce perfume:
E, assim, relembro a última vez que fui feliz
Ainda que agora só a solidão comigo esteja...