Aflição do passado
A sua partida me feriu dentro de mim
Lameando toda a minha única ternura
Sem acalanto ou carícia vivo a padecer
No comprimido silêncio dentro de mim
Que chora as últimas palavras de adeus
Distinguido nas locuções mais lúgubres
Que outrora nasceu no império do fim.
Esta dor magoa a minha ferida infeliz
É uma aflição que não mede tamanho
Nem largura e muito mais latitudes
Que crucificam o meu sigelo olhar
Atrapalhado nos confins da donzela
Foi por mim amada e cá desprezada
Essa bela mulher que tanto eu amei.
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É com grande prazer que recebo na minha escrivaninha os notáveis versos do poeta Jacó Filho
CORRENTES DO PASSADO
Diferenças que não fazem mais sentido,
Continuam entre nossos entendimentos.
Passou da hora de pensar um momento,
Pra por no lixo tudo com prazo vencido.
Coisas bobas pesam tanto quanto amor,
Quando razões perdem-se num orgulho,
Que poderiam nas caçambas de entulho,
Ser conduzido até qualquer biodigestor.
Livremo-nos das correntes do passado,
Pra construirmos nosso tão sonhado lar.
Mas para isso, aprendamos a nos amar.
Todo nosso orgulho será posto de lado,
E a nova ordem, entre nós vai começar.
Ainda bem, que a tempo de nos salvar.