Saudades

Ho que saudades

do meu tempo de criança,

da aurora da minha vida...

Quão doce lembrança!

Da minha rua de terra

das bolinhas de gude,

das corridas e das quedas

dos senhores bons e rudes.

Há minha infância!

Por que foste tão acelerada,

Perdoe minha intolerância ,

sei que jamais voltará ,

considere-se perdoada.

Esta saudade aperta, aperta

tanto que faz doer,

é como uma flecha que penetra

o coração deste pobre ser.

Como não posso arrastar-me ao tempo,

prossigo a vida e assim me contento,

nunca perdi a bendita esperança,

o tempo passou

e continuo criança.

Erick Leite
Enviado por Erick Leite em 16/11/2022
Reeditado em 19/11/2022
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