Passam as saudades...
Passam as Saudades...
Passam as Saudades como uns olhares
De longos luares que se demoram.
Passam... Longas vestes... Brancos altares
Os vultos das nuvens parecem que oram...
Flores do sentir se despetalando
Por sobre a cabeça dos que perderam
Um amor e viram tudo tombando.
Párias que do chão nunca mais se ergueram.
Quando as horas mortas do azul emanam
Surgem as Saudades... E estamos sós.
Quase. Alguém murmura e as lembranças clamam
- Hão de saber o que restou de nós?
Passai, sombras dela! Cabelos, rosto...
Um palor de febre e o olhar perdido!
Fugi, Sensações, à hora do sol-posto!
Sem nem um rancor, sem nem um ruído
Quintiniano