DA JANELA

Da janela

Chove de novo... CHORO

Vento frio... Olho da janela

Pingos batem no vidro.

O vento assobia, assobio junto

Tanto espantar a dor, que se faz da sua ausência.

Nada apaga a verdade por nós vivenciada

modificou-se

Entristecendo-me

Chove de novo. CHORO

Olho pela janela; Pedrinhas de gelo batem na vidraça.

Nada tem graça

Um vulto se aproxima me iludindo

Chego a sorri por dentro...

Debaixo do guarda chuva, escondido na capa de chuva.

Não é você! NÃO É!

Volto ao convívio com a minha tristeza

Eu aqui só, nesta noite fria.

Recorrendo a meias nos pés e chazinho para me aquecer.

Mais uma como tantas outras sozinhas no meio de multidão de gente

Que desfilam pelo mundo

Eu igualzinha a muitas outras. SÓ NO MEIO DA MULTIDÃO!

Dominada ainda pela saudade!

Chove e eu choro; lagrimas pingam dos meus olhos.

E rolam pelo meu rosto

Os dias vão passando rápido.

Tento espantar a dor cantarolando

Voltada para o meu mundinho interior,

Pensamentos rodam em minha mente,

Meus fies companheiros vem me visitar

Corro para a escrivaninha

Urgentemente; com lápis e papel; Recebo mais um poema.

CHOVE, eu choro pingando minha dor

Misturando-a com a gotas de tintas no papel.

E rabisco visando desenhar novos momentos

Margareth de Souza Cunha

Margareth SC
Enviado por Margareth SC em 03/10/2022
Reeditado em 06/10/2022
Código do texto: T7619554
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