NOSTALGIA
Foi se um tempo de respeito,
Retratos na cabeceira do leito.
Só restou saudade.
O correto perdeu o seu valor,
Acabou o significado do amor.
Só sobrou maldade.
É uma nostalgia donde nunca estive.
A raiz do erro vive!
Sorrisos que são nada sinceros,
Sumiu os feitos com esmeros.
Por puro interesse.
Fés apenas a pedir por socorro,
Joelhos não sobem mais morro.
Não mais cresse.
É uma falta donde nunca estive.
A raiz do erro vive!
Tomou conta toda a ignorância,
A inteligência sem importância.
Perdeu a lucidez.
A razão deu lugar ao insensato,
Há de se explicar o que é fato.
Haja estupidez!
É uma lembrança donde nunca estive.
A raiz do erro vive!
As almas vão, as almas voltam,
As amarras nunca se soltam.
Assim permanece.
Nem tudo perdido possa estar,
Mas precisamos muito orar.
Recite uma prece.
É uma memória donde nunca estive.
A raiz do erro vive!