UM MINUTO DO TAMANHO DE UM SEMPRE!

Não permiti a minha voz

Por isso, gritaram meus olhos

Ao ver-te ainda que distante, num vulto

Ou era apenas uma sombra com a silhueta tua.

Quando perto, não permiti aos meus olhos

Por isso, gaguejei em um curto “oi”

E me afastei como quem se afasta do passado

Mas que não controla as doloridas lembranças...

E lembrei-me!

Mesmo me afastando, seu “oi” me encontrou

E resgatei do coração calabouço o sentimento preso

E te amei de novo em um eterno minuto

Que foi longo, curto, um minuto do tamanho de um sempre!

Mas, segui!

Parti com todo o seu eu na mala

Com seu cheiro no ar

Com meus pés no formato de cada tua pegada

Novamente te levei comigo, mas te vendo diminuir na estrada.

Aqui dentro, você permanece grande e irritantemente inteiro...

Intacto em tudo em mim, permanece!

Diogo Acrizio
Enviado por Diogo Acrizio em 13/08/2022
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