UM MINUTO DO TAMANHO DE UM SEMPRE!
Não permiti a minha voz
Por isso, gritaram meus olhos
Ao ver-te ainda que distante, num vulto
Ou era apenas uma sombra com a silhueta tua.
Quando perto, não permiti aos meus olhos
Por isso, gaguejei em um curto “oi”
E me afastei como quem se afasta do passado
Mas que não controla as doloridas lembranças...
E lembrei-me!
Mesmo me afastando, seu “oi” me encontrou
E resgatei do coração calabouço o sentimento preso
E te amei de novo em um eterno minuto
Que foi longo, curto, um minuto do tamanho de um sempre!
Mas, segui!
Parti com todo o seu eu na mala
Com seu cheiro no ar
Com meus pés no formato de cada tua pegada
Novamente te levei comigo, mas te vendo diminuir na estrada.
Aqui dentro, você permanece grande e irritantemente inteiro...
Intacto em tudo em mim, permanece!