TEMPO DE AMOR
O tempo é o domínio
Sobre mim
A memória que me acorda
Me dilacera
Em qualquer hora boa ou ruim
Ao meu redor transborda
Sou eu como um sopro,
Um desdém
O que fora não, o que fora sim
Esse relógio ordenador de lágrimas impróprias.
Um não ser, sendo
Um pra sempre quase
Um adeus que rapta
Um silêncio, a saudade.