MINHA ENCANTADA PARATY
Em homenagem à CYN, mudei o título deste poema, conforme sugestão dela mesma.
Levantar a qualquer hora
e todo momento ser agora.
Andar pelas pedras seculares,
repassar todos os lugares.
Nadar em praias alvi-limpas
e o mar, amante verde, marulhando.
Ver gaivotas, sentir espumas
e a luxúria do verde encantando.
Almoço, só às cinco e olhe lá...
Petiscar peixinhos, colher pitangas
ao som do mar que canta.
Colher do chão, sujas de areia,
lavar na bica, água serrana,
jogar conversa fora,
rir-me de tudo,
lembrar-me de ciúmes
por amores tão antigos,
rever primos, encontrar amigos...
Ah! Paraty que me excita
a fazer tudo de novo
o que já fiz tanto!
Cada pedra me conta casos,
cada esquina, como um acaso,
em que haviam beijos roubados
na juventude que ainda guardo aqui.
Ah! Cidade alcoviteira
faz-me rever a vida inteira
nestes poucos dias em que estou aqui.
Há magia e mistério em cada passo,
há lenda e sussurro em teu regaço,
Ah! Sedutora Paraty!!!