MINHA ENCANTADA PARATY

Em homenagem à CYN, mudei o título deste poema, conforme sugestão dela mesma.

Levantar a qualquer hora

e todo momento ser agora.

Andar pelas pedras seculares,

repassar todos os lugares.

Nadar em praias alvi-limpas

e o mar, amante verde, marulhando.

Ver gaivotas, sentir espumas

e a luxúria do verde encantando.

Almoço, só às cinco e olhe lá...

Petiscar peixinhos, colher pitangas

ao som do mar que canta.

Colher do chão, sujas de areia,

lavar na bica, água serrana,

jogar conversa fora,

rir-me de tudo,

lembrar-me de ciúmes

por amores tão antigos,

rever primos, encontrar amigos...

Ah! Paraty que me excita

a fazer tudo de novo

o que já fiz tanto!

Cada pedra me conta casos,

cada esquina, como um acaso,

em que haviam beijos roubados

na juventude que ainda guardo aqui.

Ah! Cidade alcoviteira

faz-me rever a vida inteira

nestes poucos dias em que estou aqui.

Há magia e mistério em cada passo,

há lenda e sussurro em teu regaço,

Ah! Sedutora Paraty!!!

Rachel dos Santos Dias
Enviado por Rachel dos Santos Dias em 28/11/2007
Reeditado em 02/12/2007
Código do texto: T756846