AMOR DISTANTE
No quarto olhando a vidraça
Em roupas leves flutua...
Por entre os dedos finos uma taça
Beberica um vinho olhando a lua.
Baixinho um Chico mais depressivo
As vezes cantarola seguindo a melodia...
No olhar o tom da saudade é expressivo
Face marcada por profunda melancolia.
A lua não está mais no campo da vidraça
Ela se deita e uma lágrima burila...
Dor profunda que a vista embaça
Por entre as lágrimas a esperança cintila.
Lembranças que marcaram tanto
Paixão que lhe tirara a antiga calma...
Um caderno de poemas na mesa do canto
Suspirando adormece e descansa a alma.