Saudade confundida
Doída e cheia de espinhos
Figuras o tempo passado
Não dás sossego nenhum
Constantemente indagado
Loucura dos que permanecem
Sofrer dos amedrontados
Não se desvincula por querer
Ficar sempre ao seu lado
Capricho dos dias que foram
E dos dias que teimam em ficar
Nem sempre escolha do fraco
Sabe como pode sustentar
Aos sonhos visita à noite
Na madrugada também aparece
É motivo das pálpebras pesadas
Das manhãs que mal amanhece
É mais presença que ausência
É saudade doentia
Deixou tantas marcas nocivas
Ela confunde com alegria.