Meia Noite FM
Você tirou a diversão pondo entraves
Atrás das aparências reside o conflito
O dano está posto, traições e coices
Vistos como jogos de azar e farmácias
Olhos escoam obsessivos nas vistas longínquas
O que vigia uma realidade perversa
É o assombro moral derretendo reputações
O que ocorre quando os reflexos esgotam-se de virtudes?
Retroalimenta-se de contraste, cospe o mundo chiaroscuro
Uma substância mesclada de vitórias e fragilidades
Carrega um futuro insone, remove o sangue do passado
Exuma cadáveres, os condena a brevidade do ato de noivas
Tour de force, sermões e privilégios em rupturas
Manuseie com cuidado as veias elásticas da América Latina
Simbiótica estabilidade, agravando todos os passos apressados
A cidade dança com rancor o karma de suas estadias
Silencia uma idade com teus lábios brutos de um marfim
Simulando rancores, demônios e alegorias arrastadas
Guarde as luzes de neon rubi pelo meu deleite pelas flechas
Há de estremecer frases ilegíveis que nunca ditei
Os dois andam juntos mesmo distantes
Mesmo disformes, completam-se
Mesmo instantes, apresentam-se eternos
Mesmo humanos, aproveitam como se fossem entidades
Há um mar de lágrimas datadas e carrancudas
Nunca lastimadas e elas são tão suas
Tanto quanto o amor teu que carrego em mim
Dissolvo os ruídos da tormenta na tua voz embriagada
Corre por mim teus dedos de lupa
Me pondo exageros na ponta dos lábios
Apresenta-se o intervalo do diálogo e o silêncio
Eu entoo o que meu estigma permite: A sutileza