A saudade eminente de nossa despedida

Odeio a distância

Os quilômetros infindáveis que separam almas devotadas

Odeio ter de dizer adeus ou

Um breve até logo

Odeio as despedidas que vez ou outra me assombram

Odeio amar alguém e precisar dosar toda a minha devoção em um pequeno momento

Que talvez me será permitido uma ou duas vezes ao ano

Eu odeio a dor dilacerante que a saudade trás

Poética, musical, porém, completamente impiedosa e covarde

Saudade que só nos lembra a todo instante que só amar não é suficiente

Odeio não poder abraçar, tocar, sentir seu cheiro e presença

Odeio ter que guardar pra mim o desespero que sinto em saber que uma hora teremos que nos despedir

Contudo, espero e anseio o dia em que não precisaremos mais dizer adeus ou um até logo

O dia em que estaremos juntos, por toda a eternidade

Graziele Gonçalves
Enviado por Graziele Gonçalves em 21/04/2022
Reeditado em 21/04/2022
Código do texto: T7500150
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