A saudade eminente de nossa despedida
Odeio a distância
Os quilômetros infindáveis que separam almas devotadas
Odeio ter de dizer adeus ou
Um breve até logo
Odeio as despedidas que vez ou outra me assombram
Odeio amar alguém e precisar dosar toda a minha devoção em um pequeno momento
Que talvez me será permitido uma ou duas vezes ao ano
Eu odeio a dor dilacerante que a saudade trás
Poética, musical, porém, completamente impiedosa e covarde
Saudade que só nos lembra a todo instante que só amar não é suficiente
Odeio não poder abraçar, tocar, sentir seu cheiro e presença
Odeio ter que guardar pra mim o desespero que sinto em saber que uma hora teremos que nos despedir
Contudo, espero e anseio o dia em que não precisaremos mais dizer adeus ou um até logo
O dia em que estaremos juntos, por toda a eternidade