Uma luta voraz e irreal
Luto uma luta insana, destemida!
Luto em tentar viver a vida!
Luto e tento não enlouquecer,
luto para tentar por si só, vencer!
Tento e tento então sorrir,
Ser um ser feliz, provocador
Tento lutar e quase morro por um triz,
Quase vou embora e ver embora essa dor!
A dor provocadora da vida, a dor do amor!
A dor da saudade e a saudade de amar.
Luto uma luta voraz, fria, que arde e inflama,
Mas a vejo ao longe escrevendo seu próprio drama,
Drama este que sofre, que chora e implora
Para não ir de dentro de nós agora.
Luto uma luta bramida e latente
Que faz fugir a alma arredia da gente,
Que faz espalhar pelo universo a dor pungente.
E logo será esquecida e resumida pelo tempo,
Refrescada por olhares e versos ao vento.
E acenando um até breve ao breve folgar desse tempo.