Apaga
Tem horas que o coração escreve
E depois vêm a coragem e apaga.
Assim vale a poesia e o silêncio,
Quem nunca? Isso tem a sua graça.
Os olhos não leram e o coração
Talvez não possa então sentir
O que há? Para quem sabe existir!
No talvez das horas e horas
Deste eterno (des)compromisso
De fingir o não querer.
O coração novamente começa
O que a coragem não deixa dizer!