Saudade
Todos os dias
Eu espero o teu olhar
De carinho aconchegante
Mesmo que, no último instante
Eu vibraria!
Viveria a cantar e a dançar
Se pelo menos uma palavra
Uma oração, eu pudesse ouvir
Da tua voz, que sempre me acalmou
Trouxe paz, afeto
Não esse silêncio, que ora sinto
Há cinco anos de eterna saudade
E que saudade!
Que me esmaga agora
Com o peso da ausência
e da distância
Quem dera eu fosse um senhor do tempo
Que ao emitir alguma dor
Ou até mesmo um simples lamento
Pudesse transformar o ontem no hoje
Mas sou apenas humano
Que sente e que aprende
Nessa vida de lembranças
Amargamente inevitáveis
Claucio Ciarlini (2011)
*Poema dedicado à minha vomãe, falecida em 2006.