SAUDADE
SAUDADE
Saudade das brincadeiras,
Macaca, triângulo e pião,
Naquelas tardes fagueiras,
Hoje somente recordação.
Como o tempo é cruel,
Não tem mais as mungubeiras,
Onde brincávamos de anel,
Descontração tardes inteiras.
Ao lembrar corre uma lágrima,
Do velho campo de futebol,
A saudade dói na alma,
Jogos do nascer ao pôr do sol.
Tenho os olhos rasos d’água,
Quando lembro dias felizes,
Como um rio que deságua,
Em mares de lindas matizes.
Relembro das noites enluaradas,
Das corridas a luz da lua,
Dos abraços nas calçadas,
Com a deusa de minha rua.
Fortaleza, 31/05/2020.