A saudade posta na mesa
Quem é que não tem saudade,
Do tempo que sobrevive?
Saudade que no peito arde,
Daquele fim de tarde,
Da família reunida.
Dos pássaros que cantavam,
Ao nascer de um novo dia,
Do café com cheiro de relva,
Da natureza que só encanta.
Quem é que não tem saudade,
Da fartura do tempo de então?
Quando um amor singelo,
Habitava os corações,
E no lugar dos celulares,
Se ligava à oração.
O que temos é vontade,
De voltarmos ao tempo antigo,
Que junto aos muitos amigos,
Nos concentrávamos na certeza,
De que a saudade estava à mesa.