O POETA DA INFANCIA
Sumiram os anjos, que numa nuvem eu via,
pois descobri que só existiram numa poesia,
de uma distante infancia, que o tempo já levou.
Hoje vejo, estou sentindo na alma, agora,
e sei, são fantasias de um poeta, quando chora,
são antigas lembranças, que o tempo não matou.
Soam suas palavras nos meus ouvidos, ainda,
quando me fitando dizia, que a vida era linda,
e que cultivasse sempre a bondade no coração.
Acho que aquele poeta queria de mim esconder,
os espinhos da vida, que encontraria em meu viver,
e nunca me disse ,o que seria uma recordação.
Talvez sofrendo, seus olhos muito choraram,
aquele poeta se foi, e muitos anos se passaram,
e nada me aconteceu, do que disse o trovador.
Ainda lembro dele, em silenciosas madrugadas,
mesmo quando estou em minhas perdidas baladas,
como queria que soubesse, que não encontrei o amor.