“VIOLÃO DAS SERENATAS”.

                 

 

 

Meu violão seresteiro...

Pendurado na parede,

De quando eu era vaqueiro

Tempos que eu dormia na rede.

 

Já com as cordas quebradas

Sem brilho e sem verniz,

Lembro-me das madrugadas

Das serenatas que fiz.

 

Meu violão companheiro

Quantas noites ficou molhado,

Junto ao velho pandeiro

Descansa em paz ao meu lado.

 

Testemunhou muitos beijos

Noutras viu pais bem zangados,

Já ouviu tantos desejos...

Agora está aposentado.

 

Vou reformá-lo a contento

Pintadinho envernizado,

Colocá-lo em movimento

Pra ter alguém ao meu lado.