CARTA À PEQUENA

 

Há quanto tempo, sim, não te escrevo

Ficaram enferrujados todos os vazios

Eu, mesmo um pouquinho, já te esqueci

As andanças da vida que mudam o rosto

E as nossas saudades pairadas no tempo

 

A ausência que fazes não é tão grande

Ao beirar da noite quando me dizias:

"Obrigada por sua companhia!"

E sonhávamos juntos ao entardecer

como duas crianças e suas fantasias

 

Escrevo-te!

Mas o remetente é um espaço em branco

Escrevo para o tempo que ficou na estante

A fotografia de uma autêntica cumplicidade

que se perdeu com a temida distância

E se tornou para sempre — ausências.

Kélisson Gondim
Enviado por Kélisson Gondim em 01/01/2022
Reeditado em 07/06/2022
Código do texto: T7419631
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