TODA ESSA SAUDADE

Que me importa as estirpes, se me encontro numa esquife.

Nos caminhos que percorro,

A saudade corre mais que o vento,

E muito mais que o reencontro que não acontece.

Fujo de cais que me oferecem atrativos,

Olhares que se doam melancólicos,

Bocas que contam novas historias,

Beijos frios que se colam na minha pele.

Toda essa saudade...

Tem estrelas que já conhecem o sonho,

Tem poesias com destinatário certo,

Tem caminhos que são floridos.

Tem um rosto que permanece impassível.

Ah! Saudade...

Se você pudesse medir a força do seu poder.

O imperativo que toma conta de mim,

As luzes que não brilharam,

As partidas que não sucumbiram,

Eu a adotaria como minha parceira.

Mas não posso!

Toda essa saudade,

Já é demais para meu coração.

Todo esse desalinho em meu universo,

Já me faz pensar:

Que toda essa saudade,

Não pode caber dentro do meu peito.

Di Camargo, 17/11/2007

Di Camargo
Enviado por Di Camargo em 17/11/2007
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