Paradoxos Pessoais.
Rivalizando com meus pensamentos
A sombra e a sobra do passado me atormentam
É um quê de sentimentos
Que de presente não se contentam
Recordação é geleira que esquenta
Dor que de sorriso não se aguenta
É um brinquedo que desce ladeiras
Um transeunte sem eira nem beira
Quando chega lembrança é melhor (e bem melhor) com Solidão
Solidão não trai nem abandona
Solidão é fiel companheira
De uma balada ou gafieira
A leal amiga solteirona
Como não amar-te, Solidão?
Por que te demoraste tão tempo longo esta noite?
Eu te aguardava sonolento qual bêbado de boite
Achei que fosses, também, partir meu coração
Eis que à madrugada temos um jogo de cartas
De cores de Almodóvar nossas conversas serão fartas
Convidei para uma taça de vinho
A saudosa Saudade
Você, ela e eu no nosso cantinho
Relembrando o que pensávamos ser eterna felicidade
Poema de Douglas Renato Palmeira
Data de criação: 28/10/2021.