A SAUDADE E EU.
Não sou o vento leve que toca as montanhas. Não sou a brisa. Não sou a gota de orvalho.
Não sou o começo e tão pouco o fim do que consigo enxergar. Não sou nada.
Não sou um pássaro em pleno voo... não sou para ele o seu pousar. Não sinto mais meu sorriso e nem mesmo as lágrimas que sobre meu rosto se põem a rolar.
Não sou o verde dos Campos. Não sou o pranto dos oprimidos. O choro dos aflitos. Talvez eu seja sim, alguma coisa. Quem sabe o meu próprio castigo.
Não sou o caminho certo para alguém. Não sou boa companhia nem mesmo para caminhar ao meu lado.
Tudo em mim se perdeu. Nada mais me restou, a não ser, a saudade e eu.